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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

EDUCAÇÃO MUSICAL, COGNIÇÃO DE MUNDO E FÍSICA







A educação musical torna o homem mais “profundo” no sentido que Nietzsche dá ao termo: o homem profundo é aquele que ama o conhecimento e foge das futilidades. Profundidade no homem é o contrário de “superficialidade”, com todo o peso semântico que damos a esta última palavra na atualidade.

Neste sentido, qualquer conhecimento que adquiramos da matéria mesma da música transforma-nos em nosso interior cognitivo, capacita-nos, assim, para uma compreensão refinada do mundo ao nosso redor.

O mundo é repleto de sons. Todo som é um fenômeno físico, é energia pura, e por isso necessita de um meio para se propagar de um ponto do espaço para outro, do emissor para o ouvinte, do instrumento musical para nosso ouvido. Esse meio é sobretudo o ar que respiramos. É pelo ar que caminha o som.


O som não chega ao nosso ouvido sem identidade. Ele apresenta quatro propriedades - ou identidades - fundamentais, a saber: timbre, altura, intensidade e duração. No nosso encontro de hoje falaremos sobre a mais complexa destas propriedades citadas: o TIMBRE.

Quando um imitador está falando com a voz do Sílvio Santos, por exemplo, ele está reproduzindo o “timbre” do Sílvio Santos. Quando ouvimos um som de violão sabemos que não é um violino que está tocando, mesmo que não o possamos ver. É por meio de um som de voz com um timbre conhecido que percebemos que nosso Pai está nos chamando à distância, e não um homem qualquer. É por meio da propriedade do timbre que podemos diferenciar o som da voz do homem do de uma mulher, etc.

Entenderam?

Pois muito bem, o TIMBRE é a propriedade do som que permite distinguir um som de outro, mesmo sem ver o emissor, o instrumento ou a pessoa que fala.

Note que o som é algo bem humano enquanto fenômeno porque possuímos um aparelho auditivo capaz de captar um certo registro em hertz (Hz) – mais tarde falaremos mais detalhado acerca desse assunto. Isto quer dizer, que, um som que nunca ouvimos na vida não seremos capaz de identificar enquanto timbre (a voz de um Extra Terrestre, por exemplo), a não ser enquanto similaridade com o que já ouvimos na nossa experiência real.

Mas agora relaxe... repare no mundo ao redor. Ouça-o. Deixe que os nomes das coisas que está ouvindo apareçam na sua mente.

Incrível, hein!?

Há, no mundo, muitas identidades de timbre, não é mesmo?

Espero ter sido claro e ajudado na vossa compreensão e educação musical.

Até a próxima...



Por
Arcesio Andrade

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

411 ANOS DE COLONIZAÇÃO PORTUGUESA EM GUAMARÉ COM VIOLA BRASILEIRA.

Renam e Arcesio Andrade

411 ANOS DE COLONIZAÇÃO PORTUGUESA EM GUAMARÉ COM VIOLA BRASILEIRA.

Nada mais sugestivo que comemorar o aniversário de Colonização Portuguesa em Guamaré com a Viola Caipira (ou Viola de Aço, ou, ainda, Viola Brasileira). Este instrumento, precursor do famigerado Violão, foi-nos trazido na bagagem dos colonizadores portugueses quando de suas incursões pelo nosso território. É claro que no passado este instrumento não era chamado assim, nem suas características sonoras eram as mesmas. A origem do termo deve-se possivelmente a um ilustre instrumento existente na Europa dos séculos XV e XVI, chamado Vihuela da Mano (ver foto abaixo). Podia ser tocado com o plectro (palheta) ou dedos, como é nos dias de hoje. Suas cordas eram feitas de tripa de carneiro e não possuíam tarraxas de metal e sim de madeira (cravelhas), como os violinos da atualidade.

Vihuela da Mano

A primeira pessoa a publicar uma coleção de música para a viola de mão foi o compositor valenciano Luis de Milán, da Coroa de Aragão. Seu livro El maestro de 1536 é dedicado ao rei João III de Portugal. O português Belchior Dias, violeiro lisboeta do fim do século XVI, fabricou violas de mão de que temos atualmente um ou dois exemplares intactos.


Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viola_de_m%C3%A3o_(Vihuela)
http://www.lutesandguitars.co.uk/htm/cat12.htm